Atualize-se:
Recentemente falamos sobre a importância do digital num momento de crise, mas precisa ficar claro que não adianta criar um site do zero sem ter em mente algumas coisas, como um layout intuitivo e de fácil navegação. Além disso, alguns empreendedores até possuem uma representação digital, porém ela carece de atualização, seja ela pontual ou robusta. Pensando nisso, vamos compartilhar alguns entraves que os empresários encontram nesse momento para ajudar a driblá-los. No final desse artigo, ainda vamos abrir o jogo e mostrar o que estamos preparando para nossos Corretores. Tem um dinossauro na rede. Imagine o seguinte cenário: lá no início dos anos 2000 o site era o cartão de visitas digital de uma empresa. Se hoje em dia ter um perfil nas redes sociais ativo faz parte do “pacote básico”, na época que elas ainda estavam engatinhando no Brasil, ter um domínio “. com.br” era o suprassumo. Porém, pouco tempo depois era possível ver a popularização da socialização na internet com criação do Orkut Büyükkökten (lembra dele?) e depois do Mark Zuckerberg. Até que chegou a vez das PMEs criarem um perfil nessas redes para atingir seu público. E o site? Ele continuou no cartão de visitas, mas se tornou algo menos essencial e foi, muitas vezes, ignorado por esses empresários. Nessa época, o volume de vendas feitas pelo e-commerce não era nada de perto dos R$75,1 bi atingidos no Brasil em 2019, como mostrou o relatório NeoTrust 2ª edição. Agora, no meio da crise, o empresário voltou correndo para o digital, mas encontrou um dinossauro na sua rede. O que fazer? O problema de ter um site com uma linguagem ultrapassada é que você precisará conviver com ela. Se você contratou uma empresa para fazer esse serviço pra você há dez anos, você precisa entender que a linguagem para qual ele foi pensado pode simplesmente não funcionar hoje em dia. Quem acessa um site pode não perceber que ele é muito além do que se vê. Na verdade, podemos dizer que existem dois “sites”, o externo que qualquer pessoa que digita o domínio consegue ter acesso, e o “administrativo” um painel de controle no qual quem desenvolve o site consegue operar (modificar, incluir, apagar, etc). Um painel ultrapassado, difícil de entender, tem tudo para inviabilizar qualquer atualização. Normalmente esses sites que ficaram no passado não tem uma linguagem moderna e, com um exemplo, vamos explicar o porquê. Há 10 anos um site dificilmente era pensando para funcionar no celular, porque os celulares mal conseguiam acessar a internet. A função de celular era focada nas ligações, as câmeras era tirar foto, internet era coisa de computador, pensar que teríamos um dispositivo híbrido capaz de executar com eficiência todas essas funções há 20 anos beirava a insanidade. O Web Design Responsivo que faz com que as páginas da web sejam renderizadas em uma variedade de dispositivos com formatos e tamanhos diferentes nem estava no radar, não era o padrão de antigamente. Então quando você abria um site no dispositivo móvel o layout simplesmente não era pensando para ele e aparecia todo desconfigurado para quem fazia tal tentativa. Atualizar-se é preciso, afinal, o que parecia loucura deixou de ser, segundo uma pesquisa da TIC Domicílios, em 2019, 58% da população já acessava a internet exclusivamente pelo telefone celular. Se você, empreendedor, visa a modernizar um site antigo, é preciso ter na cabeça que provavelmente terá que começar do zero. Porque o consumidor mudou. Se no ano passado a gente entendia o consumidor 3.0 é bom saber que o novo normal pode (e deve!) trazer à baila também o novo consumidor. Não existem muitas certezas sobre ele, mas os números mostram que está abraçando de vez o digital. Para atraí-lo é necessária uma linguagem que seja simples e objetiva. Por isso, o empresário que não aderir ao marketplace para tentar fugir das grandes taxas terá sim que investir num moderno site para chamar de seu. Como um código antigo cabe a ele o papel da manutenção e atualização do seu negócio. Atualmente existem diversos facilitadores como as APIs (“Interface de Programação de Aplicativos”, em tradução livre) para soluções de marketing digital. Dá para replicar com destaque a sua rede digital dentro do site, ou colocar um calculador de frete do próprio Correios nele, por exemplo. Dá para pensar também na estratégia de atrair seus clientes, abusar do SEO que, além de grátis, segue sendo uma forma de calibrar ainda mais seus resultados nos motores de busca. Mas as novas informações, novas páginas e design arrojado nada vão fazer se você não der ouvidos para quem realmente importa. Abrindo o jogo. Foi pensando nisso que a gente antecipou a atualização dos nossos portais. Por quê? Porque a gente sabe que neste momento tanto os Corretores, quanto os Clientes e os nossos Colaboradores precisam ter todas as informações fundamentais à poucos cliques de distância. Todo tempo perdido não volta mais, otimizar processos não é só preciso, é o esperado. Vamos usar a nova Central do Corretor CAPEMISA para mostrar como fizemos essa atualização e o que achamos que você (seja do ramo de Seguros ou não), deve levar em conta na hora de modernizar sua entrega on-line. A ideia sempre é tornar o que é bom melhor ainda, mas como fazer isso? É isso que vamos explicar agora. O que fizemos? Lembra lá trás no início dos anos 2000 que a lógica era ir fazendo as coisas com o que estava na cabeça? Então, esse não é mais um comportamento adequado para qualquer empreendedor. É necessário ouvir quem mais usa a plataforma: seus parceiros. Foi com esse feedback que remodelamos a nossa Central do Corretor CAPEMISA. Não buscamos uma cara nova qualquer, mas tudo, do layout à fonte usada, tudo foi pensado por quem tem nesse site a sua fonte de renda. Não adianta nada ter uma visão arrojada que não faça sentido para quem vai usá-la. Ou pensar numa ótima tela de carregamento com uma animação mirabolante, mas não conseguir otimizar as
A hora do Digital
O momento da pandemia e do distanciamento social tem mudado tudo. O novo normal conseguiu até a proeza de mudar a expressão “fujam para as colinas”, que agora virou “fujam para o digital”. São muitos os motivos que elevaram as ondas da rede para um novo patamar . Se até bem pouco atrás ter uma presença on-line era uma questão de “se”, agora é virou “por que ainda não temos isso?”. E é bem fácil entender o motivo. A quarentena e a luta para conter um inimigo invisível fizeram as pessoas recorrerem a formas mais fáceis de consumo. Muitos passaram a pensar: Para que vou expor indo para o meu restaurante favorito se ele tem delivery? E para uma sociedade cada vez mais imediatista o telefone pode até ser uma opção, mas ninguém quer ficar esperando na linha, ou ter suas expectativas frustradas por um telefone ocupado. Por que ficar alguns minutos numa ligação pedindo uma pizza e tendo que repetir o pedido para ter certeza que a pessoa do outro lado entendeu, quando o mesmo pedido pode ser feito pela internet, no qual você seleciona exatamente o que você quer, e que ainda aceita diversas formas de pagamento? Tem quem prefira essa tradição de se conectar com outra pessoa do outro lado da linha, mas resistir a mudanças pode atrasar o processo de retomada da sua empresa. E no Setor de Seguros não é diferente. Depois de olhar pra todos os lados para trazer os melhores insights sobre a reabertura chegou a hora de olhar para dentro e compartilhar, com você, o que aconteceu por aqui. Lives: No momento de incertezas, a comunicação é parte fundamental para que o laço entre Seguradora e Clientes permaneça atado. Esse sempre foi o pilar para uma boa relação com o cliente. Os nossos parceiros Corretores também entendem que, assim como em diversos segmentos, esse tipo de interação passou a ser majoritariamente remota no momento. E como toda comunicação, o que importa mesmo é o conteúdo. Por isso que ao perceber (ainda em março!) que a crise causada pela COVID-19 teria enorme impacto na vida das Pequenas e Médias Empresas, fizemos a campanha de live #JuntosComAsPMEs. A ideia era dar aos empreendedores perdidos no meio de tanta notícia um salva-vidas, além de gerar um conteúdo exclusivo para os Corretores compartilharem com os seus clientes. Quando chamamos os especialistas, Pedrinho Salomão (Rádio Ibiza) e Alfredo Soares (Vtex), para passar suas visões, sugestões e expertise do que estava acontecendo e mostrar caminhos que poderiam ser traçados num cenário de crise, a gente só queria munir as PMEs com informações valiosas para esse momento difícil. Dar a Segurança necessária para você e os nossos Corretores se planejarem nessa situação se tornou uma missão para a CAPEMISA. Vale lembrar que as lives se tornaram essencial para empresas de diferentes setores se comunicarem com seu público, mas elas não são as únicas. O telefone, para manter um exemplo, já usado anteriormente, pode ter ficado ultrapassado para pedir pizzas, mas segue sendo uma ótima forma de comunicação para alguns nichos de clientes (em muitos casos, o único). Se você ainda não surfou no modelo Live, não deixe de pegar essa onda. Seu negócio vai agradecer. Curtiu este artigo? Clique na cartinha ao lado e inscreva-se para receber nossas newsletters com conteúdos exclusivos.
Três estratégias para voltar com tudo
Mesmo o mais prudente dos empresários, ao ver o seu setor retomando fica com a pulga atrás da orelha para saber quando será o melhor momento para voltar também. Muito se fala de reabertura, porém o mais certo seria chamarmos de recomeço. Porque o novo normal mudou tudo e ninguém tem realmente certeza do que vai acontecer a partir de agora. Porém duas coisas parecem certas: uma reabertura atabalhoada ignorando os números da COVID-19 e sem testes levará a uma nova quarentena, e que o planejamento é a alternativa certa para o empreendedor que visa a voltar com tudo para esse novo mundo. Como a primeira certeza não está no nosso controle (e já ganhou o apelido de quarentena iôiô) vamos focar no segundo, dando exemplos de estratégias de sucesso que já despontam como solução para esse momento de instabilidade e de reabertura do comércio. Conheça as três estratégias para voltar com tudo: Clubes de Assinatura: O Clube de Assinatura é uma estratégia de fidelização de cliente, que ficou famosa com o Dollar Shave Club (que fornece lâminas de barbear mensalmente, além de outros produtos de limpeza pessoal), e com os clubes de vinho (você paga uma mensalidade e recebe periodicamente diferentes estilos dessa bebida em casa). Mas em meio a pandemia do novo coronavírus, diversos setores aderiram a esse método e já apresentam bons resultados. Se você achava que pensar em fidelização de clientes em momentos delicados era utopia, é bom rever os seus conceitos. Quem adere a esse tipo de estratégia consegue estreitar seu relacionamento com os seus consumidores, além de começar a fazer parte do cotidiano deles. Qualquer empresário pode elaborar um clube de assinatura para chamar de seu, mas é preciso ficar de olho em algumas coisas importantes. Caroline Minucci, consultora de negócios do Sebrae-SP, disse em entrevista, que para atingir o sucesso o primeiro ponto é pensar no produto ou serviço que está sendo disponibilizado. No caso de uma assinatura é ideal que ele tenha um uso recorrente. Ainda segundo Caroline, “você precisa conhecer os hábitos de seu cliente e saber se ele consome esse produto ou serviço de forma contínua”. Para ajudar a ilustrar, vamos nos basear nesse exemplo: se uma empresa vende lâmpadas ela pode fornecer esse tipo de produto periodicamente para outras empresas, escritórios ou lugares onde exista um consumo massivo do produto. Não faz sentido ela querer fornecer lâmpadas mensalmente para um casal que mora num apartamento, por exemplo, que pode até precisar de uma lâmpada nova pontualmente, mas não possui uma demanda recorrente para essa oferta. Se a gente disse que o self-service estava condenado (pelo menos por enquanto) nesse novo normal, quem trabalha no ramo de restaurantes pode encontrar no clube de assinaturas uma saída. E o melhor, nesse modelo, qualquer oferta pode ser adaptada ao público-alvo. A ideia dessa tática é usar ao máximo a personalização e descontos para atrair e reter os clientes. Ou seja, ao mesmo tempo você pode disponibilizar para quem está de dieta e necessita de refeições equilibradas e também falar com outro estilo de consumidor. Vamos olhar o exemplo de uma pessoa que ama comer feijão todos os dias, mas não tem tempo e nem sabe fazer. Essa pessoa poderia receber apenas feijão todos os dias, num preço adaptado pra essa porção. Parece pouco, mas de grão em grão… E quando falamos que todos os setores podem se adaptar a essa estratégia, usamos o exemplo da Petlove. Marcio Waldman, fundador e CEO da empresa, comemorou recentemente que o clube de assinaturas está dando certo. “A assinatura é o grande sucesso da nossa loja. Representa 65% do volume de faturamento da companhia e cresce muito mais do que a Petlove cresce por ano”, afirmou em entrevista. Para operar nesse modelo é preciso ficar de olho: no planejamento. É preciso elaborar todo processo interno de operação, fazer os treinamentos necessários com sua equipe e depois focar em como encantar esse cliente. Vale ter uma atenção especial à logística, já que estamos vendendo itens de necessidade básica para quem recebe, portanto nada de falhas na entrega nem de qualidade do produto/serviço. Por fim, se você for se aventurar nesse modelo, não se esqueça de manter um bom relacionamento com seus clientes. Vale lembrar que o encantamento começa na comunicação e no atendimento. São os seus clientes que irão indicar a sua empresa para quem ainda está fora do clube de vantagens. Por isso, não se esqueça, mapeie, se comunique, se relacione com seus consumidores e potenciais clientes. Redescubra o seu próprio universo. Se o mundo não é mais o mesmo lá fora, por que o seu negócio permanece igual? Essa é a pergunta que faz muito empreendedor se revirar no travesseiro, mas calma! Antes de se desesperar, que tal perder um tempo tentando entender o universo no qual sua empresa está inserida. Foi essa análise que fez alguns empreendedores buscarem alternativas para se manter no mercado. Os donos de academia, por exemplo, viram de um dia para o outro o seu modelo de operação se tornar incompatível com o momento atual. Muitos migraram às aulas virtuais, todavia muitas vezes essa saída (por mais que tenha lados positivos) sozinha não é o suficiente para manter as contas em dia. Qual força intangível que o seu negócio possui que pode ajudar a traçar um caminho alternativo? No caso das academias, por exemplo, é possível recorrer às informações que possuem mais valor, sua base de clientes. Sabe quando diziam que a informação detalhada do consumidor seria o petróleo do futuro? É bom entender que esse futuro já chegou há algum tempo. As informações de contato, histórico, frequência de treinos, entre outras, podem servir para guiar estratégias que façam sentido dentro desse universo. Vender produtos da linha fit, refeições focadas em cada tipo de objetivo, personal trainer remoto, serviços de nutricionistas, estão entre as inúmeras possibilidades. O empresário Felipe Sato, dono da academia Fitclub, aproveitou esse lead qualificado para fortalecer sua empresa nesse tempo de crise (segundo o Sebrae
As novas regras da Terra da Rainha
Continuamos buscando no exterior inspirações para esse novo momento que se aproxima. Vários estados e cidades brasileiras estão ensaiando uma reabertura progressiva e se preparando para a retomada das atividades. Assusta essas medidas estarem sendo feitas no pico da doença? Com certeza, mas quem é dono de uma pequena e média empresa vive o famoso dilema do cobertor curto: de um lado é necessário reabrir pra continuar existindo, colocar dinheiro em caixa e preservar a própria existência, do outro é preciso continuar a cuidar da saúde (sua e da sua equipe). Pensando nisso, vamos à Mary Poppins invadir a terra da rainha flutuando com os nossos guarda-chuvas. Na nossa visita não iremos parar para ver o relógio mais famoso do mundo nem pra um dos muitos museus, muito menos tomar um chá da tarde ou comer o famoso “full english breakfast” (“café da manhã tradicional Inglês”, em tradução livre) , estamos buscando entender como esse compilado de países que tiveram números parecidos com o nosso (até o momento deste artigo pelo menos) estão lidando com esse momento. Vamos lá: Até quando? Antes de começar vamos dar aquele passo pra trás e lembrar que essas regras, como tudo o que é planejado para esse momento, são para o curto prazo. Enquanto não tivermos uma vacina, ou remédio, que consiga ser distribuído massivamente para a população. Disclaimer feito, bora pra lista. Sobre encontros e desencontros: Os países do Reino Unido possuem diferentes orientações sobre o encontrar com amigos e familiares. A Inglaterra, a Escócia, o País de Gales e a Irlanda estão permitindo que pessoas (incluindo crianças) possam se encontrar desde que mantenham uma distância mínima de dois metros. Essa distância não é necessária para pessoas que moram na mesma casa, ou façam parte de “bolhas de apoio”. Eles ainda divergem sobre o número de pessoas que podem se encontrar (num local externo) até seis (Inglaterra e Irlanda), até oito de, no máximo, duas famílias diferentes (Escócia), já o País de Gales permite qualquer número de pessoas desde que sejam de duas famílias. Destacando que o conceito de família, nesse caso, quer dizer: “pessoas que convivem sob o mesmo teto e seguem a mesma quarentena”. Ou seja, mesmo que você e os moradores da sua casa desejem encontrar outras pessoas, o ideal é que esse encontro aconteça do lado externo com distância de no mínimo dois metros entre os interlocutores. Lembrando também que nesses países mais antigos, as pessoas costumam morar em casas e quem mora em prédio corre o risco de contágio nas áreas comuns, como elevadores. Posso me exercitar do lado de fora? Pela sua enorme extensão de litoral e pela grande quantidade de parques, o brasileiro quer saber se já pode sair para dar uma corridinha. O conselho geral do Reino Unido ainda é “fique em casa”. A ideia é que se você for, que seja mantida uma distância de dois metros com outras pessoas. Se for querer se exercitar em conjunto, com amigos e familiares, a Inglaterra permite até cinco pessoas de famílias diferentes. Na Escócia, por exemplo, são permitidas até oito pessoas desde que sejam da mesma família. Esportes de contato ainda não são aconselháveis, a Inglaterra liberou praticar atletismo, equitação, tênis (o único país que não liberou esse esporte foi o País de Gales) e golfe. O que nos faz pensar que a pelada ainda está suspensa, mas dá pra jogar o famoso “gol a gol” (desde que o adversário esteja cumprindo o mesmo isolamento que você). Lá, diferente do que está acontecendo atualmente aqui, está liberado parques e praias. Algumas delas já tem até delimitação no chão mostrando o distanciamento mínimo necessário que deve ser resguardado entre os banhistas, ou quem vai querer matar a saudade daquele piquenique. Posso viajar? O Ministério das Relações Exteriores britânico desaconselha todas as viagens, exceto as essenciais. A recomendação aos passageiros é que mantenham-se afastados dois metros uns dos outros, sempre que possível. Também são considerados o uso de luvas, além das máscaras, em alguns aeroportos e companhias aéreas. Ao retornar da viagem o passageiro está obrigado a passar 14 dias de quarentena antes de poder voltar a circular. Trabalho: Como chegar lá? A instrução é para que, quem puder manter o home office mantenha. Quem tiver que se locomover ao local de trabalho dê preferência ao uso de bicicleta, caminhar ou dirigir. Os patrões devem avaliar a substituição do VT para um Vale Gasolina/Estacionamento. Caso não seja possível e o funcionário seja obrigado a usar transporte público, o ideal é evitar a hora do rush nem que isso signifique modificar a escala de horário (quando possível). Empreendedores seja lá no Reino Unido ou aqui no Brasil é necessário proteger a sua equipe. Limpezas mais periódicas, higienização constante de locais e objetos comuns, turnos de trabalho alterados e flexíveis. Disponibilizar de álcool em gel ou 70%, máscaras, garantir o espaçamento entre seus colaboradores é só o primeiro passo. Nessa época é comum colocar foco total no problema atual e esquecer problemas habituais, como os acidentes de trabalho. Não se esqueça que a proteção da sua equipe, ainda mais num momento truculento, ajuda na manutenção do foco e da produtividade. Trabalho: Posso entrar? O mesmo vale para quem precisa ir para a casa de outras pessoas para trabalhar. Os tipos de trabalho, nos quais é necessário a ida até residências alheias, como corretores de imóveis, faxineiros, encanadores, chaveiros, entre outros, precisam de atenção. O Reino Unido liberou esse tipo de setor, porém deixou claro que isso não se aplica para residências com pessoas com suspeitas da COVID-19, a menos em caso de emergência doméstica (como acidentes ou ajuda de pessoas com necessidades especiais). Em lares com pessoas que fazem parte do grupo de risco o alerta é para evitar o contato pessoal e seguir as regras de higiene, além do uso de máscara e luvas, quando possível. Os bares e restaurantes estão se preparando para reabertura gradual na “terra da rainha”. Os espaços abertos tendem a conseguir essa liberação mais
Os 4 M da reabertura
Muitos lugares do Brasil estão ensaiando uma reabertura. Mas é preciso ter a consciência que muitas PMEs enfrentarão dificuldades na hora de voltar a operar. É claro que as grandes empresas também sofrem os efeitos da pandemia, mas as pequenas e médias não costumam ter um caixa robusto e, em muitos casos, sua existência depende da sua operação. É com a receita mensal que elas conseguem custear a manutenção do negócio. Apesar do cenário, no início de 2019, o nosso país registrava mais de 20 milhões de empreendimentos. Deles, 70% são considerados pequenos e sozinhos respondem por 27% do nosso Produto Interno Bruto (segundo dados do SEBRAE). [content_control] O momento atual (quer a gente concorde ou não) é de pensar na reabertura. Por isso, os donos de PMEs precisam focar nos 4M para a gestão de crise. Como os gastos seguem constantes e os ganhos muitas vezes ainda não são um mistério é preciso pensar em estratégias para Modificar a sua empresa visando à Manutenção dela, além de Monitorar o mercado e as tendências para uma Metamorfose. Ficou confuso? Calma, vamos explicar cada um desses 4M. Modificar: As coisas mudaram. O mundo do lado de fora da sua casa não é mais o mesmo. Ele pode parecer igual, mas pode ter certeza que ele está diferente. Não existe tempo para perder, os dias, agora, precisam ser usados para readaptar a sua empresa considerando o cenário atual. E o primeiro passo aqui é o planejamento, o segundo a comunicação. Tudo começa com planejamento. Reúna a sua equipe (mesmo que virtualmente) e faça um brainstorming pensando em como remodelar o seu modelo de negócio para as expectativas e segurança do seu público e seus colaboradores. Poucas mudanças já surtem um efeito enorme. Flexibilizar o horário e saída dos funcionários para que eles evitem o horário do rush, é uma delas. Muito se fala também sobre a fuga para o digital, mas nem todo varejista possui, sabe, ou quer atuar nessa área. Nesse caso, é necessário a noção que a loja lotada não é mais vista com positividade. Em vez de atrair mais clientes afastará. Alguns estabelecimentos desse segmento estão limitando a quantidade de clientes dentro da loja. Eles colocam no chão uma marcação que mostra o distanciamento que os clientes (que nem entraram no estabelecimento ainda) precisam ter uns dos outros para resguardá-los. Objetos comunitários como canetas, cadeiras, provadores, precisam ser constantemente higienizados. Existe ainda quem deseja recorrer para o atendimento por telefone, no qual o contato é feito totalmente por uma chamada, e depois o cliente só precisa passar, pagar e pegar o produto. Os profissionais de Saúde que atendem por agendamento terão que levar a sério o horário marcado. Os dias de deixar vários pacientes na sala de espera acabaram. Ideal é pensar na complexidade de cada tratamento e só permitir a entrada de quem será prontamente atendido. Não importa como você modificará sua rotina, essa decisão cabe apenas aos empresários, mas cabe a você também o papel de informar detalhadamente e de maneira visível quais medidas estão sendo adotadas. Seja flexível, repense regras e políticas de trocas e cancelamentos, entenda que todos estão passando por dificuldade nesse momento. E não só os clientes, é claro, é necessário fazer todo um novo treinamento com a sua equipe para fazer valer essa modificação. Monitorar A máxima que diz que “todo empresário precisa se informar” nunca foi tão real. Com as coisas mudando muito rápido, o longo prazo ficou curto. É necessário monitorar tanto o que acontece do lado externo da sua empresa, quanto no interno. E até ficar de olho em como o seu setor está encontrando soluções fora do Brasil. Se você está lendo esse texto você já deu o primeiro passo para isso. É necessário monitorar diferentes níveis como a satisfação dos seus clientes com as mudanças, a evolução das medidas adotadas, os números da doença, a saúde dos seus colaboradores e a saúde financeira da sua empresa. Manutenção Também cabe ao gestor a manutenção da sua marca e da sua empresa e isso passa obrigatoriamente pela sua equipe e sua família. No momento de instabilidade é difícil para qualquer profissional conseguir manter o foco, o que pode atrapalhar no desempenho. A gestão de pessoas é vital para sanar esse problema. Pense que ao sair na rua para trabalhar, o seu funcionário está se expondo aos perigos, como acidentes que podem acontecer no caminho. Em épocas de UTIs lotadas sofrer um acidente pode ter ainda mais complicações do que o normal. Pense em saídas que ajudem a cuidar da manutenção da sua renda e dos seus. O Seguro de Vida Empresarial, por exemplo, é uma solução flexível que auxilia com os riscos e imprevistos. Porque garante coberturas e serviços de assistência para o empreendedor e seu staff em caso de acidentes, além de dar suporte a eles e ao espaço físico da sua empresa. Uma solução que deixa tudo que mais importa de forma mais fácil de se gerenciar. Metamorfose Toda empresa precisará ser um pouco Raul: uma metamorfose ambulante. O que funcionou ontem pode não funcionar hoje, e o amanhã virou uma eterna interrogação. Por isso, não tenha medo de mudar (não seria “mudar”?). Lembre-se sempre que o longo prazo ficou curto, então planeje um dia após o outro. Utilize os 4M como um aliado do seu negócio. Se você era um restaurante self-service, saiba que seu modelo ficará obsoleto por um tempo, então, já saia da quarentena com um novo modelo que atenda ao que o público espera. Não caia no erro de achar que o mundo lá fora é o mesmo. Aproveite o pouco tempo que falta antes de abrir para planejar estratégias. Trace o plano A, o B, o Z. Não desista do seu sonho, é ele que move o país. Saia do casulo com essas novas ideias para o seu negócio continuar voando cada vez mais alto! [/content_control]
Como está o mercado?
Recentemente abordamos no nosso blog as tendências para o pós-confinamento e convocamos especialistas para falar do papel do gestor nesse momento. Agora, vamos analisar algumas pesquisas que se dedicaram a mostrar o comportamento da sociedade e como ela enxerga ou quer enxergar as marcas. A mudança de ares afetou quase tudo: seus desejos, suas necessidades e sua percepção. Ou seja, na carona do novo normal vieram novos padrões e um cliente novo. Vamos aos dados: O que os consumidores esperam das marcas? Segundo a pesquisa Barômetro Covid-19, realizada pela Kantar, essa pergunta possui quatro pilares na sua resposta. Os clientes esperam que as marcas ajam com responsabilidade, ajudem a população local, respeitem seus colaboradores e principalmente possam entregar algo com valor real, sem oportunismo. Esse levantamento mostrou que os consumidores concordam que as marcas devem: informar seus esforços para enfrentar a situação (88%); falar sobre como eles podem ser úteis na nova vida cotidiana (86%), usar um tom tranquilizador (79%), oferecer uma perspectiva positiva (78%), comunicar os valores da marca (78%), e não devem explorar a situação do coronavírus para se promover (80%). O que os consumidores esperam das empresas em tempos de coronavírus? A pesquisa mostrou que os entrevistados esperam que as organizações se preocupem com a saúde de seus funcionários (67%), favoreçam o trabalho flexível (18%), promovam o uso de ferramentas de comunicação digital no trabalho (4%), façam doações para apoiar a pesquisa científica (3%) e a compra de materiais para hospitais (2%). Além é claro de oferecer descontos e promoções (1%), proteger o fornecimento de serviços e produtos aos consumidores (1%) e, configurar call centers para responder às perguntas dos consumidores (1%). Sai o digital, entra o digitAll (“tudo no digital”, em tradução livre) A pesquisa da Kantar ainda aponta que surgirá uma nova onda de compradores digitais. O motivo dessa crença é que já dá para ver um crescimento mais rápido nas compras on-line do que em qualquer outro setor do varejo. O Barômetro mostra que compradores estão experimentando o comércio eletrônico pela primeira vez e, os que já eram adeptos desse meio de compra, estão gastando mais nele. Cerca de uma a cada três famílias teve um aumento significado de compras no e-commerce no período da pandemia. E uma a cada três pessoas (33%) acredita que suas futuras compras on-line serão mais robustas. A vez dos pequenos e do “localismo” Você que é pequeno empresário que sente medo de operar num mercado dominado pelas gigantes varejistas, pode comemorar. Isso porque o boom eletrônico criará/fortalecerá marcas menores. 38% dos entrevistados afirmaram que continuarão consumindo em PMEs que tiveram o primeiro contato e compra durante a crise. O comércio de rua ainda resistirá, porque os dados também mostram que um quarto dos compradores digitais acha a experiência menos satisfatória que visitar uma loja física. Além disso, as campanhas em prol do fortalecimento do comércio local parecem ter surtido efeito. O “localismo” se tornou um movimento importante de conscientização e fortalecimento das vizinhanças. Em todo o mundo, os consumidores se mostram mais adeptos a consumir o que é produzido localmente. 65% dos entrevistados preferem comprar o que é produzido pelo próprio país e 42% dos consumidores dizem que, agora, prestam mais atenção à origem dos produtos (nas famílias com crianças esse número aumenta para 52%). E isso tem um motivo, um quarto dos entrevistados acredita que ao fazer esse movimento ajuda as marcas que eles usam a auxiliarem o retorno da produção do seus países, enquanto um terço acha que os produtos importados apresentam um certo risco para sua segurança, principalmente aqueles do epicentro da pandemia como China e os Estados Unidos. Isso acende um alerta na América Latina que está despontando para ser o novo epicentro da doença. Ou seja, as importações devem diminuir se isso se confirmar, então o foco no mercado interno pode ser uma alternativa viável. Ufa! Pronto! Nós sabemos, muitos dados, muitos números. Mas são eles os seus maiores aliados para o novo mundo e o novo cliente que se aproximam. Fonte: Millwardbrown.com Kantar.com Ecommercebrasil.com.br Curtiu este artigo? Clique na cartinha ao lado e inscreva-se para receber nossas newsletters com conteúdos exclusivos.
As voltas que as rodas dão
Quem acompanha o nosso blog viu que estamos fazendo uma série de artigos pensando em como será o mundo pós-quarentena, o já famoso novo normal. Recentemente, mostramos como as “tendências” do passado despontam como soluções pro futuro, como o drive-in e o drive thru. Depois de olhar para trás e para frente, precisamos olhar para o lado, ou melhor, para o outro lado do oceano e ver o que está sendo feito por países que já estão planejando sua reabertura. E, por lá foi dado o sinal verde para às bicicletas. A volta da bicicleta Durante anos o assunto principal da humanidade era a sustentabilidade, e a bicicleta era usada como um símbolo desse movimento. Muitas vitórias foram feitas nesse sentido, como a construção e manutenção de ciclovias em grandes cidades, o aparecimento de bicicletários públicos, entre outros. Mas é claro, o Brasil está distante de ter esse meio de transporte como um dos seus principais, como é o caso da Holanda e da Inglaterra. Porém, ao que tudo indica isso tem tudo para mudar. Parte desse motivo é que a lógica do momento é evitar aglomeração de pessoas. Então, quem precisa fugir dos transportes públicos encontra na “magrela” uma solução boa, barata, sustentável e, de quebra, uma maneira de ter uma vida mais saudável. Pensando nisso, a Itália criou recentemente o “bônus bicicleta”, um incentivo de até 500 euros (aproximadamente R$3,1 mil) para que as pessoas tenham o seu “camelo”. Esse bônus é gradual e atinge até 60% do valor de uma bicicleta. O decreto assinado no dia 17 de maio, prevê um repasse de 120 milhões de euros (R$768 milhões) aos que queiram aderir a esse transporte de duas rodas. Vai funcionar assim: quem comprou um bike do dia 4 de maio até o dia 31 de dezembro deste ano, precisa apresentar a nota fiscal em um cadastro on-line para receber essa benesse do Ministério do Meio Ambiente italiano. A França não ficou de fora dessa. O governo francês liberou um pacote milionário de incentivo ao ciclismo esperando com isso esvaziar trens, metrôs e ônibus. A iniciativa à francesa criou um fundo que destinará uma ajuda individual única de 50 euros (R$ 290) para quem quiser financiar reparos de freios, pneus e luzes nas bicicletas. A ideia aqui – diferente da italiana – não é comprar uma bicicleta nova, mas ajudar no custeio para dar nova vida aos objetos que ficaram parados acumulando poeira. Na prática, o governo está pagando para seus cidadãos pedalarem. Quanto? 20 milhões de euros (aproximadamente R$116 milhões). E não para por aí. Elisabeth Borne, ministra da Transição Ecológica e Solidária da França, defende ainda que os trabalhadores que optarem por esse meio de transporte para se locomover da casa pro trabalho receberiam uma gratificação de 400 euros (R$2.322) por ano! Já no Reino Unido as bikes são tão importantes que as lojas que consertam esse produto foram consideradas como trabalho essencial durante o isolamento, o britânico Sadiq Khan, prefeito da cidade mais importante da Inglaterra, pensa como fazer uma reinvenção fundamental da vida na cidade de Londres. A prefeitura planeja ter dez vezes mais magrelas nas ruas e tenta quintuplicar a média de caminhadas. Para aumentar o distanciamento social vagas e ruas também estão se transformando em ciclovias ou calçadas mais largas. A prefeitura acredita que o aumento da quantidade de gente “não motorizada” nas ruas ainda ajude os pequenos e médios negócios locais. A ideia é disponibilizar nos próximos meses mil vagas de estacionamento e mais 30 quilômetros de ciclovias e os comerciantes já falam de “boom” de vendas. Vale lembrar duas coisas: a primeira é que o ciclismo e a caminhada são vistos pela Organização Mundial da Saúde como a alternativa certa ao transporte público, sempre que possível. A segunda é que os países estão abrindo os seus cofres apesar de uma recessão eminente. O que mostra o quanto esses governantes entendem que o transporte público não é uma opção viável para o momento que se aproxima e já estão articulando alternativas sustentáveis e saudáveis. Já para os empresários do varejo que vão precisar aderir ao “delivery de todas as coisas” as bikes são uma alternativa eficiente e barata para entregas que não precisem de muito deslocamento, perfeito para o comércio de bairro. Além disso, para guiar tal veículo sobre rodas não é necessário passar por cursos e nem ter carteira de habilitação. O mundo possui mesmo essa habilidade de reviver e matar tendências num piscar de olhos. Se nos anos A.C. (antes da COVID-19) estávamos vivendo um ambiente no qual os aplicativos de carros estava investindo pesado para fazer colar a tendência do uso coletivo de viagens curtas (leia-se aqui caronas), no D.C. (depois da COVID-19) ninguém gostaria de dividir um carro lotado de desconhecidos. Enquanto países latinos debatem inúmeras variáveis e alternativas para o que fazer quando tudo reabrir, do outro lado do atlântico as bicicletas já caminham à passos largos, ou melhor, pedalam para serem (no curto e médio prazo) “a pequena rainha do desconfinamento” (como disse Elisabeth Borne). Mas, enquanto não definimos a nossa estratégia por aqui, vale lembrar que, mesmo agora, quem tem a sua bike já precisa, além do capacete, de outro equipamento de proteção obrigatório, as máscaras. Fontes: Nexo Blog Uol – Pedala G1 Jornal Nacional BBC Curtiu este artigo? Clique na cartinha ao lado e inscreva-se para receber nossas newsletters com conteúdos exclusivos.
O futuro do pretérito
Nós vamos falar do futuro do pretérito, ou melhor, falaríamos. Apesar do nome, esse artigo não se refere a um fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada (como diz a norma gramatical), mas, sim, sobre coisas do passado que acontecerão após a situação presente (a pandemia). Quando o futuro é incerto olhar para o passado, ajuda a nortear estratégias e a dar forças para elaborá-las. O mundo vive constantemente passando por inúmeros problemas coletivos que afetam todo o globo de uma só vez e, mesmo que não pareça, sempre conseguimos superá-los. O momento atual pode servir para empreendedores terem calma ao fazerem seus planejamentos. Enquanto todos querem saber a nova tendência que guiará os negócios no novo normal, não podemos nos esquecer que às vezes para seguirmos à frente é necessário parar e olhar para trás. Pensando nisso, separamos algumas tendências do passado que podem ajudar na operação de alguns setores no pós-quarentena. A cultura e o drive in: Os cinemas drive in pareciam uma memória nostálgica de tempos que não voltam mais. Porém, eles podem estar a ponto de fazer um relançamento “campeão de bilheteria”. Esse modelo de “estacionamento cultural” passou a ser visto como uma aposta para o setor do entretenimento para os momentos, o pós-COVID-19. Neste formato, o público fica protegido dentro do próprio veículo e há distanciamento social entre os espectadores (entre si) e o espetáculo (para os casos de apresentações ao vivo). Hoje, o avanço tecnológico proporciona a solução para um dos principais problemas do antigo drive in: o som. Com a popularização das caixas de som sem fio, cada carro pode contar com o seu speaker já configurado para acústica do veículo. Lembrando que é essencial a higienização correta desses equipamentos que serão compartilhados. Falando de objetos de uso coletivo podemos ter visto o renascimento e morte prematura do Cinema 3D e seus óculos. Se o cinema pós-Avatar modernizou e (re)popularizou os óculos especiais que tornavam possível a experiência de películas em três dimensões, agora, compartilhar qualquer objeto que entre em contato com o rosto não é, nem será aceito pelo público (pelo menos no curto prazo). Esse formato que ficou popular nos filmes dos últimos anos deverá voltar para o passado por hora. Os teatros, para funcionarem nesse formato, precisarão cada vez mais utilizar ferramentas dos shows de música, principalmente telões e equipamento de som. O “teatro raiz”, que acontecia em espaço pequenos, lotados, com muita interação entre público e atores, precisará rever seu roteiro e estrutura se quiser abraçar esse novo momento. Drive thru de todas as coisas: O Drive thru se popularizou no Brasil na década de 90. Desde então, ele era restrito aos fast- foods. Todavia, esse modelo tem tudo para funcionar para todo o setor varejista. Lojas de diferentes segmentos, restaurantes, farmácias, mercados, shoppings, são só alguns exemplos de empresas que devem encontrar no drive thru uma solução de curto prazo para manutenção do seu operacional. O brasileiro não tem ainda o costume de fazer compras e ir retirá-las. No exterior é comum esse modelo de loja que possuem poucos, ou nenhum produto disponível fisicamente. Para comprar nelas o cliente precisa fazer um pedido on-line e ir retirar esse pedido em uma dessas lojas. Elas funcionam como um grande centro de distribuição dos seus produtos. Não possuem mostruário, nem provador. O cliente faz o pedido (normalmente por um catálogo físico ou digital) e é avisado quando o produto estará disponível na loja mais perto dele, onde ele vai apenas para retirá-lo. A morte do buffet, o renascimento do “grab and go” (“pegar e sair”, em tradução livre). Existem modelos que funcionam no mundo todo e não funcionam no Brasil, e existem coisas que só funcionam por aqui, como o parcelamento, por exemplo. Quem precisava almoçar nos grandes centros urbanos brasileiros encontrava uma enorme variedade de restaurantes com um buffet comunitário. Como o vírus é algo que se espalha pelo ar, não há como sustentar um modelo de self-service, já que muitas mãos pegam os mesmos talheres, muitas pessoas respiram em cima de uma comida que pode ser compartilhada por dezenas de pessoas. Ou seja, a tendência é que o tempo seja implacável com os buffets. Mas, calma! O setor gastronômico já encontrou alternativas, como o delivery, e o já citado drive thru, porém, ainda há um modelo do passado que pode ressurgir nesse momento: o grab and go. Muito comum nos Estados Unidos e na Europa, mercados e restaurantes disponibilizam um ponto de venda específico para os pratos que têm mais saída, ou produtos que possuem um bom período de armazenamento, onde os consumidores entram, escolhem o que querem, pagam e vão embora consumir essa comida do lado de fora do restaurante. Até pouco tempo, aqui no Brasil essa ideia encontrava resistência dos consumidores mais tradicionais que preferem fazer suas refeições com calma, sentados dentro do estabelecimento. A grande sacada do grab and go é disponibilizar uma vasta variedade de produtos de forma prática para o consumidor final. Os clientes ganham: agilidade (o cliente entra, escolhe e paga, sem a necessidade de esperar o pedido ficar pronto), praticidade (as embalagens são pensadas para o cliente consumir o produto em qualquer lugar, a qualquer momento, inclusive andando), variedade (qualquer tipo de refeição pode ser disponibilizado neste modelo, do sushi à sopa) e oportunidade (o consumidor leva para casa para consumir quando quiser o seu prato favorito do seu restaurante favorito, na porção que quiser e na hora que quiser, principalmente no caso dos congelados). Já os restaurantes têm como vantagens: flexibilidade (reposição mediantes à demanda, sem estoque, sem desperdício), congelamento (adicionar mais uma opção entre o seu mix tradicional de produtos), aumento do faturamento (aumentar o ticket médio do cliente com uma nova frente de escoamento de produtos) e mão de obra reduzida (não é necessária uma equipe robusta para o horários de pico, já que os produtos, apesar de frescos, podem ser produzidos com certa antecedência). O fortalecimento do velho e das nossas raízes. Já falamos aqui no blog
O novo normal continua.
Continuando nosso assunto sobre o que será normal a partir de agora, vamos falar agora sobre mais algumas transformações sociais que estão impactando o nosso dia a dia e, com certeza, impactarão o nosso futuro. Se você perdeu a primeira parte, basta clicar aqui: Agora, vamos olhar mais de perto o que está acontecendo com alguns setores fundamentais da economia, além de novos hábitos que estão surgindo. A revolução dos EADs: Falando de cursos on-line, os EADs (Ensino a Distância) viraram a solução do setor de ensino para o momento. De escolas primárias ao pós–doutorado, alunos e professores precisaram de adaptar a essa nova ferramenta e uma vez adaptados, a tendência é que ela continue em alta. Isso abre todo um leque de possibilidades para esse setor: cursos de idiomas, especializações, MBAs. As oportunidades são muitas. O conceito do EAD está se popularizando desde o início dos anos 2000, mas aqui no Brasil ele era visto como um sinônimo de aluno preguiçoso, ou de baixa qualidade de ensino pelo mercado. Mas agora tudo mudou. Os professores ainda seguem reticentes a troca da sala pela janela virtual, e é inegável que o convívio social ajuda na formação dos alunos (principalmente no ensino fundamental e médio), todavia existem diversas maneiras de se ensinar e aprender também. O (re)descobrimento da venda on-line: Se a hiperconectividade já era um conceito criado para explicar o vício moderno pelas ondas da internet, agora ela possui um fator democratizador. Claro, sabemos que o acesso da internet ainda é uma regalia na nossa sociedade. Porém, vale lembrar que um estudo realizado em uma parceria da Hootsuite com a We Are Social, o Brasil é o segundo país do mundo que passa mais tempo conectado à internet. Apesar disso, um estudo da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento Unctad mostrou que estamos na 43ª posição quando o assunto é o consumo digital. Contudo, a limitação de circulação de pessoas atrelada à busca para conservação da saúde fez consumidores e empresas a colocarem seus produtos na rede. Quem encontrava no e-commerce uma barreira agora achou um aliado. Claro que estamos engatinhando ainda nesse sentido, muitas pessoas continuam comprando pelo bom e velho telefone e por aplicativos de mensagens (principalmente o Telegram e WhatsApp). Mas já é um começo para o varejo tradicional e uma revolução para o varejo digital. A consolidação do trabalho remoto: Já abordamos brevemente a relação da residência com a distância do trabalho no artigo anterior, mas outro fator para ficar de olho é a popularização do trabalho remoto. O Brasil, por mais incrível que pareça, é resistente a certas mudanças. Operar remotamente é, há algum tempo, algo comum no mundo, mas, por aqui, encontrava resistência de diretores e gestores mais tradicionais que temiam uma queda de produtividade. Só que a quarentena mostrou que dá sim para alinhar o “home office” com uma entrega de alto nível. E não para por aí. Os colaboradores ganham flexibilidade de horário, comodidade (não é necessário deslocamento, transporte público, engarrafamento), qualidade de vida (dá pra usar o tempo que sobra pela ausência do deslocamento para focar na própria vida) e conforto (você elabora o seu espaço de trabalho, pode usar roupas mais confortáveis quando não tiver reunião, entre outros). O empresário (além de tudo o que já falamos para os colaboradores) economiza em diversas coisas. Alguns exemplos são: água, luz, gás, internet, reparos, aluguel/compra de móveis, limpeza, café, recepcionistas e por aí vai. Leia aqui como otimizar o gerenciamento de equipes remotas. Máscara: O que parecia algo destinado apenas para o lado oriental do globo, ou em realidades cyberpunks, virou um acessório para todos os momentos (obrigatório em alguns lugares). A utilização de máscaras ajuda na criação de um ambiente seguro para todos. Com ela você diminui as chances de se contagiar ou contagiar outras pessoas. Apesar de ser um acessório fácil de se fazer (até mesmo uma bandana do material certo, cumpre seu propósito) não tome um susto quando a peça viralizar. Dos camelôs às lojas de grifes todos terão uma para chamar de sua. Valorizar as pequenas coisas: Reencontrar os amigos, reuniões de trabalho, almoço em família, sentar num restaurante ou barzinho, uma social na casa de alguém, um abraço, um aperto de mão, são pequenas coisas que ganharam um valor intangível. Se antigamente as pessoas sentavam uma nas frentes das outras e ficavam imersas nos seus celulares, agora elas saberão valorizar todas suas interações umas com as outras. O digital é – e continuará sendo – uma ponte de conexão com o mundo. Mas quando conseguirmos nos desconectar e voltar às ruas vamos estar carente do analógico, do calor humano, do off-line. Queremos voltar a mergulhar no mar, a abraçar árvores, tomar banho de cachoeira e canal quando a maré encher. Nos reconectar com aquilo que todos somos partes, a nossa natureza, a nossa espécie. Bem-vindo ao admirável mundo novo normal. Nos vemos nele em breve. Não se esqueça: vai tudo dar certo. Ainda há braços. Curtiu este artigo? Clique na cartinha ao lado e inscreva-se para receber nossas newsletters com conteúdos exclusivos.
O novo normal: em breve.
Duas coisas são certas sobre a pandemia da COVID-19. A primeira certeza é que a quarentena passará, e a segunda é que o mundo que nos receberá de volta não será mais o mesmo. Essa nova realidade que nos espera ganhou o nome de “novo normal”. Essa expressão que está sendo massificada nas últimas semanas não é novidade. Historicamente, ela é usada para mostrar a readequação da sociedade diante de grandes crises econômicas, sociais, políticas e culturais (como as guerras mundiais, o ataque terrorista no World Trade Center, a crise de 29, só para citar alguns exemplos). Apesar de qualquer previsão futurística ser um mero exercício da imaginação, podemos usar alguns dados para nos ajudar na construção dessa imagem coletiva de futuro. Um quebra-cabeça amplo para ajudar os empresários no planejamento estratégico e para te preparar para esse novo momento. Vale lembrar que esse conceito se aplica enquanto não existir uma imunização geral da nossa sociedade. Especialistas acreditam que uma vacina com eficácia comprovada leve ao menos 18 meses para ficar pronta. Isso sem contar o tempo de distribuição e aplicação. Enquanto esperamos pela cura, o mundo muda lá fora e aqui dentro também. O (re)propósito da casa: Na rotina frenética do dia a dia era comum o olhar pra residência como um lugar de descanso apenas. Existem muitos casos de pessoas que prefeririam morar em lugares menores, menos confortáveis, pela facilidade de estar perto do trabalho, faculdade, etc. Mas qual a utilidade disso quando estamos quase todos confinados? Está cada vez mais claro que a casa deixou de ser o lugar que você vai quando não tem nada para fazer, ou quando precisa repousar. Ela voltou a ser o que ela foi feita para ser: o lugar de se viver com seus pares. E, atualmente, se tornou seu local de trabalho, sua academia, seu lazer. Além disso, o entorno virou um diferencial ainda maior. Se antigamente o luxo era morar perto do litoral, agora o importante é estar cercado por lugares essenciais: mercados, restaurantes, farmácias, padarias, hospitais, entre outros. E, principalmente, uma boa conexão de internet e poucas restrições de acesso aos deliverys. Esse aprendizado forçado e essa tendência podem se refletir nos futuros lançamentos imobiliários. O mercado tem vários exemplos de prédios que vendem apartamentos não muito espaçosos, mas que possuem uma área completa de lazer coletiva. Será que isso será visto como uma força, ou uma fraqueza desse modelo de empreendimento? Você trocaria uma varanda maior para dividir uma academia com dezenas pessoas nesse momento? É preciso repensar o óbvio e ter a certeza que os valores de ontem não se aplicam mais hoje. É a verdadeira metamorfose ambulante. Aproveitando o assunto… Lazer coletivo: As academias fazem parte de um setor da economia que provavelmente precisarão readaptar o funcionamento. Os dias de dividir e ignorar a higienização dos aparelhos ficaram no passado, nos anos A.C. (antes da Covid-19). Uma solução talvez seja desenvolver um sistema de agendamento de treino, no qual poucos alunos teriam acesso aos equipamentos e ao final do uso uma equipe da limpeza seja acionada. Além de determinar um horário para você ingressar no espaço físico para treinar, o seu tempo teria um período máximo de duração, para não atrasar o exercício do “coleguinha”. Isso tudo feito com um distanciamento seguro entre os clientes, staff, etc. Mas tem modelos que precisarão ser reconstruídos do zero. Você sairia hoje da sua casa pra fazer aulas de spinning, running e jumping, que concentram várias pessoas numa sala pequena com pouca, ou nenhuma, circulação de ar? Isso sem mencionar as lutas de contato com judô e jiu-jitsu. E não para aí. Shows, teatros, cinemas, restaurantes, praças, shoppings, são lugares que precisam de pessoas presentes para sobreviver. Nesses casos, coexistir é existir. Uma certeza é que eles continuarão vivos, mas precisarão repensar sua operação e, com certeza, a sua capacidade. Se os cinemas de rua deram lugar para o cinema de shopping por causa da segurança, pra onde eles migrarão agora? O foco é manter condições para o lazer atrelando-o ao afastamento social saudável entre as pessoas. Vai demorar para estrear a próxima estreia lotada. A popularização das lives: Talvez uma alternativa para essa mudança de cenários esteja na popularização das lives. Será que o setor de espetáculos está preparado para tirar do espaço físico as suas apresentações e colocá-los no digital? A resposta (como você pode perceber nos tópicos quentes do dia, vídeos mais assistidos das redes e memes) é sim. A transmissão ao vivo se tornou algo comum nos dias atuais, tanto para artistas divulgarem a sua arte, quanto para ilustres desconhecidos abordarem os assuntos dos mais variados. Você pagaria para ver o seu artista favorito por uma tela? Na época do Vinil, CD, VHS, DVD, Blu-Ray e afins, era comum comprar uma gravação de um show ao vivo. A diferença é que agora nesse mundo conectado você pode interagir com as apresentações dos seus artistas favoritos, mandando mensagens e doando dinheiro. Provavelmente essa não será a realidade de todos os espetáculos, porém essa foi uma janela escancarada pela quarentena que dificilmente se fechará tão rápido. E se em vez de colocar a playlist de um artista para tocar no seu evento você puder contratar ele para uma apresentação virtual exclusiva para você e seus amigos compartilharem? Artistas que dependem de couvert artístico para angariar recursos costumam estar limitados ao espaço físico, mas com a internet eles possuem (literalmente) um mundo de possibilidades. Sites como o MandaSalve já estão vendendo mensagens personalizadas de influenciadores e artistas. Quando falamos do consumo de material audiovisual lembramos do streaming, que continua ganhando força na crise, mas está vendo o renascimento de um antigo concorrente. A volta da TV e do jornalismo: O mundo vivia, e vive ainda, uma mudança de ares quando o assunto é consumo de conteúdo. As mídias tradicionais (rádio e TV) começaram a perder força para os serviços de streaming. No início do ano de 2020 a Netflix surpreendeu o mercado ao publicar o número de