A auditoria interna é muito importante para avaliar o funcionamento da empresa, adequadamente, ajudando a identificar riscos, fortalecer controles, combater fraudes, tornar tarefas eficientes, estar em conformidade à legislação, zelar pela integridade e transparência de nossos reportes, e examinar a eficácia da gestão, de modo a orientar sobre o alcance do objetivo empresarial.
O auditor está atento a todas as etapas a serem abordadas para execução do Plano Anual de Auditoria. É importante seguir algumas etapas previstas nas normas internacionais para a prática profissional de auditoria interna definidas pelo Instituto Global de Auditores Internos IIA para iniciar a auditoria de forma correta e obter o melhor valor agregado.
- Planejamento – As ações tomadas no momento anterior à realização da auditoria são determinantes para o sucesso. O planejamento começa com a elaboração de um Plano de Auditoria Interna que irá orientar a execução das auditorias numa linha do tempo, além do escopo e os processos que serão auditados, mediante à revisão do Comitê de Auditoria e aprovado pelo Conselho de Administração.
- Preparação – Neste momento os auditores deverão conhecer um pouco mais sobre o sistema de gestão da empresa e seus processos. Um cronograma deverá ser apresentado à organização contendo as datas previstas para execução da auditoria, além dos nomes dos auditores e o processo.
- Execução – Fase de avaliação dos processos, que deverá ser realizada formalmente através da coleta de informações, que determinarão se os processos em questão estão seguindo os itens normativos ou não, e os procedimentos estabelecidos. Nesta fase, o auditor deverá entrevistar as pessoas, mapear os processos e aplicar suas ferramentas para realização de testes. É neste momento que serão registradas as conformidades, oportunidades de melhorias e as não conformidades, caso sejam identificadas.
- Encerramento e monitoramento – Concluída a execução da auditoria, a equipe de auditores deverá se reunir para rever todos os dados gerados, relatando as oportunidades de melhorias, não conformidades e boas práticas, que deverão compor o “Relatório de Auditoria Interna”. Após apresentado e validado junto à liderança do processo auditado esse relatório é um insumo importante para as reuniões realizadas junto à alta administração e o conselho de administração. Ademais, auxilia a empresa com um “Plano de Ação” para as não conformidades identificadas, bem como a aplicação do acompanhamento dessas ações.
Quais os tipos de auditoria interna? Você sabia que a auditoria é categorizada conforme a necessidade em que venha a ser conduzida?
Contábil – Uma auditoria aplicada à parte contábil serve para validar a transparência e a integridade das informações fiscais e financeiras. O fluxo de caixa, o balanço patrimonial e a demonstração de resultado de exercício estão entre os itens internos que devem ser auditados.
Operacional – É o instrumento de controle usado para governança, assim como a conferência e correção dos processos relativos às suas rotinas. Consiste no mapeamento de processo, análise e coleta sistemática de dados, por isso, a solução mais indicada para detectar onde o processo pode ser melhorado.
Sistemas – O Brasil é o segundo país da América Latina que sofre mais ciberataques perdendo apenas para os Estados Unidos. Essa condição reforça a necessidade de investir em segurança digital, aspecto para o qual a auditoria se mostra um grande reforço. Entre suas atribuições, estão identificar riscos, prevenindo eventuais ataques e qualquer ação de invasores, investigar e apontar soluções em questões envolvendo o perfil de acesso dos usuários, confidencialidade dos dados, bem como os procedimentos em TI.
Qualidade – Definir um padrão de qualidade pode ser uma tarefa desafiadora quando se busca elevar o padrão de um produto ou serviço? Embora seja necessário ouvir a opinião do cliente, ela nem sempre indica o caminho a seguir. Por isso, a auditoria interna é uma solução para determinar onde, como, quando e no que a empresa pode melhorar. Ela é parte integrante da gestão da qualidade total (GQT) e sua principal referência é a norma ISO 9001, que dá diretrizes gerais para implementar a GQT nas empresas.
Ambiental – A norma de referência para a auditoria ambiental é a ISO 14001. Neste aspecto, ela pode ser voluntária, quando a empresa se dispõe a rever seus processos e impactos ambientais ou compulsória, em que a autoridade ambiental exige sua realização. Seja qual for a motivação, a auditoria ambiental tem como objetivo avaliar de maneira sistemática o desempenho de uma certa atividade, com foco na proteção do meio ambiente. Considerando a relevância que a pauta da sustentabilidade já conquistou, a auditoria ganha ainda mais força e representatividade no contexto empresarial.
“Esses são apenas alguns exemplos de auditorias internas que podem ser realizadas na sua empresa. A escolha dependerá das necessidades específicas e legais da organização. Então, percebeu a diversidade e a importância das auditorias internas que podem ser realizadas em suas empresas. Pega a visão!”.
Alexandre Freitas, é Gerente de Auditoria Interna da CAPEMISA.
